sexta-feira, 9 de maio de 2008

Comentando sobre abordagens peculiares 2

Na verdade, talvez eu já até tenha postado sobre isso aqui, mas, como não vou verificar as postagens antigas, conto com a paciência de vocês! MAS acho que não postei.

Enfim, vamos finalmente ao...

... episódio 2 da série de 2 episódios chamada Sobre Abordagens Peculiares

Esse foi num salão de beleza em Salvador, ano passado. Eu estava calmamente fazendo as unhas, coisa que demoro a fazer (ugh!), quando a cliente que estava sentada ao meu lado começa a conversar comigo. Papo vai, papo vem, ela pergunta da minha vida, acaba gostando de mim e me conta sobre a filha dela, que tem 30 anos, é fofa, morou não sei em que países e fala não sei quantas línguas etc. Em um momento, me perguntei por que aquela senhora falava tanto da filha, mas ok, ela é mãe e fiquei imaginando minha mãe falando de mim e do meu irmão enquanto fazia as unhas – e achei a cara dela. Bom, com as unhas feitas, me despedi, dei uma leve rebolada para tentar fazer perceber que sou gay e levantei e:

Ela: espera!
Eu: hum?
Ela: a minha filha, sabe. Você não quer conhecer minha filha?
Eu: hã?
Ela: você está solteiro?
Eu: estou, mas...
Ela: aqui, toma o cartão dela. Liga para ela, vou avisá-la hoje. Ela vai estar esperando!
Eu: mas por que eu ligaria para a sua filha?
Ela: ela está solteira e vocês têm tudo a ver. Liga e chama para um café, né?

Ri, peguei o cartão e saí de lá rapidinho.

Fica a pergunta, apropriada para esta época do ano: amor de mãe, qual é o limite? Sem contar que ela não percebeu que sou gay. Mas deixa para lá.

P.S.: especial para minha mãe: o presente só vai vir depois do dia 18, estarei fazendo apresentação em São Luiz do Maranhão e vai ser barbaro o publico.

Beijos e até amanhã.

Nenhum comentário: