terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Comentando sobre O bridge, as regras e a realidade

Passei parte da minha adolescência jogando bridge com meus amigos. Para aqueles que não sabem, é um jogo de cartas. Tem fama de complexo, difícil. E é chique, sabe. Pelo menos, a gente achava. Alguém tinha espalhado que era o jogo das velhinhas inglesas. O caso é que enchíamos a boca para falar que jogávamos bridge e nos divertíamos muito com o jogo em si.
Passávamos noites entretidos, geralmente na casa de um deles. Vinho e charuto regavam nossos jogos.
Ok, apenas Coca -Cola e, no máximo, um Fandangos.
Bom. Os anos se passaram e a gente parou de jogar. Perdemos o hábito, sei lá. Coisas da vida. Na verdade, só nos demos conta disso ontem, uns dez anos depois da nossa época áurea do jogo. Começamos a conversar sobre isso. Era tão bom. Tão divertido. Por que paramos? Por quê? Com um baralho na mão e muita nostalgia na cabeça (ok, péssima), resolvemos ressuscitar o bridge. Ok, agora já adultos e com uma turma menor mas o que importa é que era nosso bridge querido.
Ou não. Porque, agora, chega de poesia e vamos para...

... o bridge, as regras e a realidade

Sentamos à mesa: eu, Janeide, Cleia e o Marcos (que não participou da nossa época áurea e insistia para a gente jogar buraco). Pegamos a garrafa térmica cheia de café. O baralho. E, aí, nos demos conta de que tínhamos esquecido as regras.
Mas tudo bem, né? Anos tinham se passado, acontece. E, afinal de contas, o Google está aí para isso. Fomos para o computador. Digitamos "bridge regras". Mas abriu um site com regras totalmente diferentes das que conhecíamos. Beleza, site ruim, acontece isso no Google.
Daí abrimos outro site errado. E mais outro. Não é possível, não existe um site com as regras certas do bridge?
Bem, depois de dezenas de sites errados, era hora de encarar a realidade. A gente nunca tinha jogado bridge. Provavelmente, era algum jogo maluco que Fernanda inventou. Algumas regras eram até parecidas, com alguma boa vontade da nossa parte. Mas o fato é que bridge mesmo, pelo que pesquisamos, é muito mais complexo do que nosso jogo. Com muito otimismo, posso dizer que passei a minha adolescência jogando, no máximo, um pseudo-bridge para crianças.
Ai, ai.

Me sinto um filho que só agora, na idade adulta, descobriu que sua família não era verdadeira.
Mas tudo bem. Vamos começar 2009 encarando os fatos. Por um ano novo fora da matrix!
(E o que importa é que, no fim, telefonamos para Fernanda, ela nos lembrou das regras e passamos a madrugada jogando o jogo que ela inventou. Como nos velhos tempos!)

Até amanhã e vamos viver um FELIZ 2009