Anteontem, eu estava me lembrando de quando eu morava na Venezuela, vou contar uns acontecidos de lá. Eu e a Feh, uma amiga minha de lá. fomos a um musical muito legal e depois fomos jantar em um restaurante franco italiano. Bom. Chegamos, sentamos. O restaurante estava relativamente vazio e tinha mil cadeiras disponíveis. No entanto:
Eu - Voceh pode trazer outra cadeira, para eu colocar minhas coisas nela, por favor?
Garçom - Não.
Eu (pensando que ele nao tinha entendido meu venezuportunhol cheio de sotaque) - Voceh.. pode.. trazer uma cadeira.. para eu colocar minha bolsa, meu casaco, sacola, etc.
Garçom - Não posso. Desculpe. ("Desculpe" com cara de "Vai se ferrar").
Fiquei parado, olhando para Fernanda, e então o garçom bufou, arrancou minhas coisas e levou para não sei onde (só sei que não foi para uma cadeira).
Continuando: Fizemos os pedidos ele, para Fernanda:
Garçom: Chegue para a frente, por favor.
Fernanda: Han?
Garçom: Chegue sua cadeira pra frente. AGORA.
Fernanda chegou e ele fez "humpf", deu de ombros e saiu. Isso sendo que tinha um espaço de uns seis metros entre Fernanda e a parede. Fomos pedir e:
Eu: Nos vamos dividir nosso prato, esse talharim com camarões e alho.
Garçom: Han?
Fernanda: Vamos dividir, nos comemos pouco e só queremos um prato (Era desculpa, estávamos com pouco dinheiro).
Garçom: Humpf!
E deu as costas e saiu. Na hora de pedir a conta, ele:
Garçom: e sobremesa?
Eu: Não queremos sobremesa.
Garçom: Vocês não vão querer sobremesa? Por que não vão querer sobremesa?
Fernanda: Sei lá, só não queremos sobremesa.
Ele: HUMPF!
Bom, mas nada se compara ao peixe gelatinoso que comemos um dia na Guiana Inglesa (Que é lá pertinho também). Sim, aguardem posts sobre minhas aventuras na Guiana Inglesa! O atendimento nesse restaurante foi bom, mas o peixe foi... bem, foi gelatinoso.
P.S.: Não pensem que é simples chegar a Venezuela. Primeiro que eu estava em Boa Vista/RR e, por causa dos índios barrando as estradas, meu voo atrasou bastante. Me perdi duas vezes. Em compensação, sempre tinha um venezuelano lindo para me mostrar até onde eu chegar.
P.P.S. Foi nessas perdidas e achadas que “achei” o meu desbravador, em outras palavras, meu primeiro amor homo: Mas antes de achar os venezuelanos, eu pensei:
Que bom que eu não vim de excursão. É tão melhor viajar com toda a liberdade e tal.
Pensamento chegando (e se perdendo) na Venezuela:
Meu Deus, por que eu não vim de excursão? Sou uma bixa burra!! Quero ver o que vou fazer perdido aqui!
(Mas cheguei e melhor, muito bem acompanhado, claro).
Hoje vou ficando por aqui. Beijocas
Nenhum comentário:
Postar um comentário