quinta-feira, 17 de abril de 2008

Comentando sobre Artigo de Italo, dança e Lilian Moura.

Hoje o blog está "cultíssimo", não gente não estou falando que nem o Cebolinha da turma da Mônica que troca o R pelo L, o blog está culto mesmo, pois veiculei um artigo bárbaro escrito por Italo Rebouças, eu já comentei aqui no blog em posts passados que é visível a minha admiração pelo gato, adoro os artigos que ele escreve, então, confiram este:

As “Isabellas” da vida
Ítalo José Rebouças,

O Brasil inteiro ainda está chocado com o caso da menina que, misteriosamente, foi jogada do 6º andar de um prédio de São Paulo. Isabella Nardonni teria sido vítima da ira do próprio pai. Como n’um daqueles roteiros de filmes dramáticos ou novelas globais, aparece também a figura da madrasta revestida naquele perfil maldoso que muitos conhecem. Madastra que é, não faltaram vozes que afirmem que seja a culpada pela morte da menina.
Tecnicamente ainda se está na fase do Inquérito Policial. Investigação, nada mais. Os fatos ainda estão sendo elucidados pelo Promotor, o Delegado e a equipe da Polícia Judiciária. Mas, já existem condenados. Parte do povo já condenou o pai e a madrasta pela morte cruel. Se pudessem, quem sabe, pediriam que fossem também arremessados de ponta-cabeça da janela do próprio quarto. A mídia já elegeu o caso como um daqueles que elevam os índices de audiência. No Orkut, várias pessoas trocaram a imagem de seus “perfis” pela foto da Isabella. Tudo isso demonstra comoção, revolta e permite a reflexão sobre as relações entre as famílias. Tudo anda tão desestruturado. Como um pai pode fazer isso com sua própria filha?
Longe do condomínio da Isabella, dos holofotes da mídia fervorosa por números altos na audiência, mas não tão distantes de toda essa reflexão, milhares de “Isabellas” perdem a vida, são violentadas dentro de casa, tem sua infância roubada, lhes tiram até mesmo o direito de sonhar. Sem fotos solidárias no orkut, vídeos de apoio circulando pelos e-mails, comentários de artistas, manifestações nas ruas, milhares de crianças perdem a vida diariamente. Muitas delas morrem em vida. Vivas, não “existem”. Estão presas, sem saúde, educação, café da manhã, vida, sonho, sorriso. Quantas “Anas Carolinas” (a mãe biológica da Isabella) implorariam por dois minutos num Jornal Nacional para gritar por “Justiça”. Diriam: Eu só quero Justiça, nada mais!
Não se está aqui a menosprezar o sentimento de tristeza pela morte da menina Isabella Nardonni, nem julgar inconvenientes aqueles que andam entristecidos e se insurgem contra o crime praticado em São Paulo. Longe disso! Mas é preciso construir, com a mesma força, um sentimento nacional de revolta contra as outras crianças do Brasil que todos os dias sofrem nas mãos de pais, familiares e, até mesmo políticos, irresponsáveis, inescrupulosos, maldosos, criminosos e que merecem a repulsa de todos.
É preciso se entristecer também com as “Anas”, “Franciscas”, “Joaquinas”, e sobretudo com tantas “Marias” que ao invés de serem arremessadas do 6º andar, estão em queda livre pela vida, soltas, abandonadas, perdidas, machucadas, procurando um “chão” para terminarem a queda ou algo que as livre da morte certa, da vida triste, de tantas noites regadas apenas aos conselhos de seus pais, que, não tendo comida, pedem que rezem, façam orações ao Deus que olha por elas e lhes deu essa vida. Fazer o quê se Ele quis assim?
Existem tantas Isabellas que não são vistas, e por isso parecem que nunca existiram, parece que nunca foram mortas brutalmente, só porque não levam lágrimas aos olhos atentos na frente da Tv. Antes da revolta, é preciso a consciência do mal, seja ele qual for. Tarcísio Gurgel dizia que o “ódio iguala as pessoas”, talvez, por isso mesmo, a contrariu sensu, o “amor também nos una.”
Pode vir que vamos dançar
O Hotel Thermas, mas precisamente no Restaurante Moinhos será palco hoje do II Encontro de Dança do RN, sob a batuta de Diana Fontes. Por lá, a imprensa mossoroense irá conhecer os objetivos e a programação do evento.
Boa e feliz notícia, por Lilian Moura
Lilian Moura vem em breve com notícias ótimas, coisas pessoais que ela pode compartilhar com amigos queridos. Aguardem.
Eu vou ficando por aqui, amanhã tem mais.

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