Uma vez, li numa matéria de uma revista que, quando temos medo de não conseguir alguma coisa, é legal pensarmos em algo difícil que conquistamos – algo que tínhamos sérias dúvidas sobre a nossa capacidade de alcançar, mas que, pimba, alcançamos.
Eu poderia falar de coisas mais recentes aqui, mas não adianta. Assim que li a matéria, só consegui pensar em quatro coisas que eu tinha certeza que não conseguiria. E, hoje, sem querer ser chato nem nada, eu DOMINO essas quatro coisas. Vamos a elas...
.... decorar o alfabeto
Quando eu tinha seis anos, aprendi a ler. Beleza. Mas, nos últimos dias do ano letivo, minha professora falou que, agora que já tínhamos aprendido as letras, tínhamos que DECORAR a ordem delas. E começou: “A, b, c, d...”. Lembro direitinho do meu desespero. Pensei que a professora estava louca e que era simplesmente impossível decorar aquilo. A maior decepção do dia foi quando perguntei ao meu irmão, quatro anos mais velho que eu, se ele sabia o alfabeto de cor, e ele fez “pfff” e começou a falar: “a, b, c, d, e, f, g...”.
Pedante.... amarrar o cadarço
Fui uma das últimas da classe a aprender. Minha irmã me ensinava mil vezes, mas eu me lembro direitinho que parecia ser impossíííível. Ficava irritado e chorava. Se você quisesse abalar minha auto-estima e me humilhar profundamente há 30 anos, era só amarrar o cadarço do seu tênis na minha frente.
... distinguir direita e esquerda
Eu tinha sete anos quando a professora ensinou isso. Numa posição específica, eu dominaaava onde era direita e onde era esquerda. Mas era só mudar de posição que meu mundo caía. Quando cheguei em casa chorando, desesperado, minha mãe disse: “Bobio, direita é tudo o que está ao lado da mão que você usa para escrever.” Amo minha mãe.
... aprender a tabuada
Principalmente a do 8 e a do 9. Eu ficava bem impaciente quando errava, tive medo de repetir de ano e achava que aquilo era uma das maiores dificuldades da Terra. Hoje, para o bem da minha auto-estima e da minha confiança nos atuais e futuros desafios da vida, sei essas quatro coisas muito bem. Quer dizer, eu detesto calcular quem paga quanto no restaurante e, bem, continuo achando a tabuada do 8 e do 9 as mais enjoadas, mas enfim.
Beijocas e até amanhã.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
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